Crefito-12 analisa o uso dos injetáveis com ética e responsabilidade

         Os conselheiros do Crefito-12 reuniram-se em plenária no último dia 6 de fevereiro para tratar, dentre outras pautas, da finalização do parecer da Minuta dos Injetáveis, documento que em breve será encaminhado ao Coffito para auxiliar a construção de resolução que regulamenta especificamente tais práticas.

     Os pontos principais estudados e discutidos pelos conselheiros foram quanto a carga horária dos cursos de capacitação para o profissional fisioterapeuta que irá executar tais técnicas e as suas respectivas normas de segurança.

     Dada a grande manifestação de fisioterapeutas nas redes sociais em defesa do uso de injetáveis, o diretor tesoureiro Diogo Bonifácio afirmou que entende a mobilização da categoria pela evolução da fisioterapia, que, como toda profissão, deve se adaptar aos novos tempos e afirmou que é totalmente a favor da prescrição e administração de injetáveis, o que já é permitido desde 2017 pela Resolução 611/17 do Coffito.

     “A Ozonioterapia, por exemplo, que já está regulamentada dentro das Práticas Integrativas, pela Resolução 380/2010 com a Portaria Nº 702/2018, agora ganharia uma resolução específica com número de horas aulas mínimas estipuladas. É importante frisar que a liberação da prática, se efetivada, não dará a qualquer profissional habilidade para executá-la, será preciso ter uma carga horária mínima de treinamento e de prática”, explica Diogo Bonifácio.

     A Terapia Neural, procedimento terapêutico que já conta com mais de 450 profissionais atuando no Brasil, também tem uma carga horária mínima exigida para que seja validada a habilitação profissional.

  O uso da Toxina Botulínica do tipo A e os preenchedores semipermanentes, a hidrolipoclasia e outras terapias injetáveis poderão compor novo arsenal fisioterapêutico, principalmente para os especialistas da Dermatofuncional, de acordo com o Dr. Diogo Bonifácio.

    “A nível mundial, a Fisioterapia, como ciência, tem alçado novos rumos. Em países como EUA, Inglaterra, Austrália, Portugal e outros o fisioterapeuta já faz uso das técnicas invasivas e injetáveis. O profissional brasileiro necessita adequar-se à nova realidade de avanços do mercado da saúde e do bem-estar, mas sempre seguindo com cautela e obedecendo normas e critérios que resguardem a si e à população”, opinou o diretor.

   A presidente do Crefito 12, Dra. Elineth Braga Valente, corroborou as manifestações dos conselheiros e afirmou que apoia toda e qualquer normatização que traga melhoria na assistência aos pacientes, amparo legal às práticas e ampliação de mercado. “Porém, devemos sempre respeitar os limites da responsabilidade e da ética, uma vez que nosso principal papel é a defesa da sociedade. Sendo assim, avaliamos a minuta e fizemos considerações necessárias para a garantia de cuidados e capacitações”, concluiu.

   Com a redação final das contribuições, o documento deve ser enviado ao Conselho Federal.

 

Texto e Imagem: Ascom / Crefito-12

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